16 agosto, 2006

Toda a doença tem uma causa




Toda a doença tem uma causa
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Desde o princípio dos tempos o homem sempre relacionou com palavras o estado emocional e os transtornos que sofre o seu corpo.
Todo o ser humano intuitivamente suspeita que as doenças têm uma estreita relação com o seu estado de ânimo, mas nem sempre se atreve a manifesta-lo, já que, como não entende como se desenvolve este processo, teme que o médico não o aceite com seriedade.
Por outro lado, poucas vezes o médico lhe dá oportunidade de falar de algo mais que dos seus sintomas.
Muitas pessoas sofrem moléstias que dificultam a sua actividade diária, não obstante, a medicina não encontra a causa do mal estar, inclusive depois de se fazerem os exames mais sofisticados.
Apesar disso, toda a moléstia tem uma causa, ainda que não seja palpável. Possivelmente essa causa misteriosa, será uma causa emocional.
As emoções e a doença
Os avanços tecnológicos e de diagnóstico têm sido e continuam a ser espectaculares, mas apesar disso, o homem sofre cada vez mais de doenças, de depressão e de suicídios, mesmo vivendo cada vez melhor, realizando trabalhos menos duros e gozar de mais comodidades.
Significará que a saúde da humanidade não melhora?
A medicina corpo/mente
Este tipo de medicina actual afirma que o indivíduo é uma unidade psicossomática que vive num meio determinado, pelo qual se vê modificado e ao qual modifica;
portanto quando alguém padece de alguma alteração no seu corpo, considera que este não se pode «reparar» por partes, mas sim que há que ter em conta a sua globalidade
Mente-Corpo-Ambiente
para que o tratamento médico se torne eficaz.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1974, reconheceu oficialmente a origem psicológica de 85% das doenças.
O mesmo será dizer que, a repressão das emoções, as escassas relações sociais, os sentimentos de tristeza, a solidão e a falta de estímulos gratificantes tanto profissionais como pessoais são factores tão importantes como os agentes patogénicos.
Hoje sabe-se que as doenças como as úlceras, a asma, a hipertensão,numerosos problemas de pele, as anginas do peito e até alguns tipos de cancro têm uma origem psicológica.
Também se sabe que a maioria das pessoas doentes, num período de tempo que oscila entre uma semana a um ano antes de declarar-se a doença estiveram submetidas a situações de stress de tipo diverso, como se demonstrou amplamente nos casos de doenças cardiovasculares, causa de morte mais frequente nos países mais desenvolvidos.
Numerosas investigações demonstraram que os estados emocionais alteram a resposta do sistema imunitário, uma complicada relação de órgãos, glândulas e células que se coordenam para repelir os agentes patogénicos.
Encontraram-se correlações inquietantes evidenciando que as taxas de doença são mais altas entre pessoas que perderam recentemente um ser querido.
O mesmo acontece entre as pessoas que se sentem isoladas socialmente:
em grupos da mesma idade e sexo a mortalidade é três vezes mais alta entre os que mantêm poucas relações sociais gratificantes;
ter bons amigos parece ser uma medida de protecção contra o stress da vida diária, ao mesmo tempo que é o maior «factor de risco» para a mortalidade.
Pelo contrário, os estados mentais positivos parecem influenciar favoravelmente a saúde e a longevidade.
A psicóloga americana Sandra Levy do Pittersburg Câncer Institute, constatou que um factor chamado «alegria» (significando vigor, energia mental) era significativo no que respeitava ao tempo de vida, num grupo de pacientes de cancro da mama.
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( São Lory)

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